Nos dias 26 e 27 de abril decorreu o Seminário Internacional e a Assembleia Geral da FIODS – Federação Internacional das Organizações de Dadores de Sangue na Casa das Histórias de Paula Rego, na Vila de Cascais.

Neste evento realizaram-se, no dia 26, as reuniões dos Comité Continental, Comité Médico e também a reunião do Comité Executivo da FIODS.

Nos órgãos sociais da FIODS estão representados os seguintes países: Itália, Mónaco, Tunísia, Argélia, Portugal, França, Suíça, Holanda, Uruguai, Marrocos, Albânia, Malta, Argentina, EUA e Vietname.

O dia 27 iniciou-se com o Seminário Internacional: “A Situação do Plasma na Europa” com intervenções de:

– Dr. Victor Marques, vogal do Conselho Diretivo do IPST, IP, que traçou uma panorâmica da evolução do aproveitamento do plasma em Portugal, referindo o protocolo existente com quinze hospitais, o qual vai gerar cerca de 60 000 litros de plasma em 2019, o dobro do ano anterior, para a produção de medicamentos plasmáticos de origem nos dadores portugueses.

– Drs. Cláudio Velati e Giancarlo Grazzini do Centro Nazzionale de Sangue de Itália, e do Dr. Michel Monsellier de França. Os quais salientaram que o plasma é um recurso estratégico, que nos EUA 80% é recolhido por empresas comerciais. Foram, ainda, perentórios ao afirmar que todos os países deveriam ter políticas direcionadas para o aproveitamento do plasma.

A O.M.S. definiu o princípio da igualdade financeira “O dador nunca deve ganhar ou perder dinheiro”.

“O que é essencial não tem preço, mas temos de ser sustentáveis. Remunerados não, mas não nos deixem morrer.

Se escolhermos um padrão ideal, mas ninguém o faz, temos de ponderar.”

Registou-se no ano de 2018, três milhões de unidades de sangue e oitocentas e trinta e seis toneladas de plasma. Assim, fica a questão: Por que razão não atingimos os objetivos?!

O seminário a que todos assistimos, com a máxima atenção, foi rico de conteúdo e voltado para o futuro, tendo-se registado a presença de muitos dadores das nossas associações de norte a sul de Portugal.

Valeu bem a pena.

De seguida, teve lugar a Assembleia Geral da FIODS. As responsabilidades assumidas pela FAS-Portugal, são o testemunho do importante trabalho realizado e a demonstração de confiança e honorabilidade. São, também, o reconhecimento do trabalho efetuado em Portugal, pelas nossas Associações e Grupos de Dadores de Sangue.