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MEDICAMENTOS DO PLASMA DOS DADORES PORTUGUESES II
Após mais de quarenta anos de luta, chegaram a Portugal, na última semana de 2018, os medicamentos provenientes de 30.000 litros de plasma dos dadores de sangue de Portugal.
Criou-se pela primeira vez a ponte capaz de fazer caminho e garantir o futuro do aproveitamento de todo o plasma dos Nossos dadores.
A expectativa após o protocolo entre o IPST e os doze hospitais que têm colheita de sangue ativa, era que iria possibilitar já no ano de 2019 o envio de 50.000 litros de plasma para transformação em medicamentos.
A 18 de dezembro de 2020, chegaram a Portugal os medicamentos resultantes do fracionamento de 15.000 litros de plasma dos dadores de sangue de Portugal.
É importante garantir a certificação de qualidade e segurança de todas as unidades hospitalares sem a qual não é possível proceder por questões legais e de segurança ao aproveitamento do plasma para medicamentos.
Os dadores de sangue apenas desejam que o sangue e os seus derivados cheguem a todos quantos deles necessitam.
De facto, não faz qualquer sentido, que por razões sem razão, se desperdice o plasma português, trocando-o por outro de origens mais que duvidosas, quase sempre a coberto de ditas razões, de fachada burocrática, mas. na verdade, servem para abrir as portas a autênticas máfias internacionais com tentáculos nacionais.
Estávamos nós, na altura, com responsabilidades, com uma única Federação existente e esta intromissão mafiosa e o sentimento de dirigentes a anuírem a este negócio, criando um caso judicial, para impedirem que lutássemos pelo aproveitamento do sangue e de todos os seus componentes.
O Estado Português aconselhou-nos, dadas as informações do SIS, sobre a presença da máfia nas atividades do sangue, que criássemos uma outra federação. Surgiu assim a FAS-Portugal, em julho de 1995.
O país necessita de 180.000 litros de plasma por ano para satisfazer as necessidades em medicamentos. Este número obriga ao aproveitamento de todo o plasma.
O Estado deveria obrigar-se a determinar Interesse Público para o efeito.